Engraçado, a gente pensa que já sabe tudo da vida, principalmente depois de ter vivido três décadas e se deparado com as mais inusitadas situações. A gente pensa que é forte e que nada pode nos derrubar, afinal, já enfrentamos tantas e tantas coisas e estamos aqui, sobrevivemos.
Mas um dia você acorda e percebe que as coisas não são bem assim, que temos muuuuuuuuuuito ainda que aprender, que podemos sim, ser surpreendidos, e como podemos!
Um belo, digo, triste dia, nos deparamos com uma circunstância que confronta tudo que somos, que conflita com tudo que sabemos e nos deixa sem chão.
De repente pensamos que todo lugar que existe na vida é pra baixo e começamos a cair. Claro, não temos chão!
Então entramos em estado de luto e sofremos, e choramos e esquecemos de tudo que aprendemos, do que nos tornamos, de valores, de certezas, somos nocauteados. Choque!
Apressadamente surgem mil questionamentos, dúvidas sem fim e tão cruéis e pesadas... não sabemos ao certo se vamos suportar. Tudo parece confuso e dentro de nós existe uma dor que não podemos traduzir. Nos munimos apenas de pedaços de coisas que se parecem com o que sentimos. Um trechinho de música aqui, uma cena de filme ali, a história trágica de alguém acolá, mas ninguém fora da gente seria capaz de unir todos esses pedaços pra saber do todo sofrido em que nos tornamos nesta circunstância de luto.
Nenhuma palavra poderia justificar tal dor, nenhuma justificativa seria totalmente compreendida para quem está fora de nós.
Mas, graças a Deus, um outro dia, belo, dessa vez, as nuvens começam a sair da frente do sol, e raia o dia, um dia novo, em que finalmente nos encontramos e podemos entender que estamos vivos sim, apesar de todo o resto. Nos lembramos finalmente de quem somos e fazemos as pazes conosco. Passamos a ser mais justos e mais seguros, mais duros e mais atentos, aprendemos a dar mais valor a quem tem valor e menos valor a quem não o possui. Aprendemos que não precisamos sorrir para todos, que podemos impor respeito e exigir tempo de nós, para nós, para quem amamos.
Ai, as dores não precisam ser tão profundas, não precisa ser tão difícil dizer não, não precisamos ser sempre bonzinhos, não precisamos fazer o que não queremos todas as vezes, não precisamos dar chance a todas as pessoas... bem crescer dói, mas é bom! Depois que estamos grandes é bom!
Então poderemos sim, ser generosos, amorosos, desprendidos e alegres. Poderemos colocar em prática o ser grandioso que mora dentro de nós, sem nos proteger tanto, porque aí, já teremos selecionado bem direitinho as pessoas que hão de compartilhar de nossa vida.
Teremos uma visão mais ampliada e deveremos exercitar nossa compaixão com quem está no processo de levanta e cai, pelo qual, já teremos passado.
É isso aí!
Fiquem com Deus!
=^^=
Shalom
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